quinta-feira, 6 de junho de 2013

Terceira Idade - Analisando O Uso Da Música Como Ferramenta Na Construção Do Novo Velho (Trabalho Acadêmico)

UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
Autor(a): Denise Angela Bacelar Soares



TERCEIRA IDADE
Analisando o uso da Música como Ferramenta na Construção do Novo Velho


Atividade apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina Atividades Coordenadas Interdisciplinar II do Curso Bacharelado em Serviço Social da UNIFACS sob o acompanhamento da Profa. Rita de Cássia Nascimento e da tutora Profa. Aline Moreira.



Feira de Santana - BA

2012



  1. INTRODUÇÃO

    Este trabalho surgiu a partir de uma inquietação frente à curiosidade de saber como é pensado e realizado o uso da música como ferramenta nos processos de socialização,
resgate e manutenção da qualidade de vida de idosos institucionalizados ou de comunidades sócio-ocupacionais.

    Avaliou-se que o assunto merece destaque a partir de observar subjetivamente ações musicadas realizadas por algumas entidades que trabalham com a terceira idade em nossa cidade. Tais observações deram-se apenas a nível de visitas meramente afetiva, não a nível pesquisa, deixando-nos entender que a utilizam apenas por achar que, de alguma forma os momentos são benéficos, ainda que sem metodologia e conhecimento de fato e área.
    O problema, é que muitas vezes as pessoas que estão à frente desses grupos não tem preparação teórico-prático e metodológica na área musical, para desenvolver o serviço com estes. Desta forma eles se configuram apenas como meros “animadores” e “J. Jei’s” de momentos festivos sem perceber que o fazem, perdendo a oportunidade de beneficiar-se e beneficiar com o arcabouço de áreas que a atividade musical pode abranger na vida dos idosos ali presentes.
    Diante disso, sentiu-se necessidade de ir a campo para sair de uma subjetividade de simples visita, e tentar entender o âmago de tais ações e quiçá desenvolver algum projeto visando capacitar mediadores na área musical por entender que a música, durante toda uma trajetória de vida, faz parte do contexto de humanidade no âmbito social, político e religioso. Também por compreender o seu valor cultural e como o seu uso transmitiu e tem transmitido significados diversos e com isto influenciado as áreas física, psíquica e espiritual do ser humano.
      Diante disso, elaborou-se este trabalho que tem como tema “Analisando o uso da Música como Ferramenta na Construção do Novo Velho” para ir a campo pesquisar tais ações, e escolheu-se a Entidade Beneficente Betel – Betelife para inicio da pesquisa.


  2. PROBLEMA



    Como a musica pode contribuir eficientemente como ferramenta na integração social dos idosos do Programa Melhor Idade da Betelife em Feira de Santana?




  3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL



        Analisar o uso da música como ferramenta de integração social nas atividades musicais com os idosos do Programa Melhor Idade da Betelife.



3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS



        ♦ Avaliar a estruturação (física, humana e metodológica) das atividades e as ações musicais do Programa Melhor Idade Betelife, bom como seus objetivos e resultados;
        ♦ Compreender os benefícios do uso da música como instrumento facilitador e eficaz nas ações de socialização destes idosos.




  4. HIPÓTESES



    ♦ Pressupõe-se que a centralidade da eficiência da música como ferramenta na integração dos idosos do Programa Melhor Idade Betel esteja intimamente ligados ao conhecimento e à capacitação do seu mediador;
  ♦ Supõe-se haja benefícios inestimáveis com o uso da música como instrumento de socialização, elevação da autoestima, resgate e manutenção da qualidade de vida desses idosos;
     ♦ Conjectura-se que ações direcionadas promovam resultados significativos no que tange a independência física e mental dos idosos e, por conseguinte, a minimização de problemas de aspectos físicos, psíquicos e sociais decorrentes dessa fase da vida.

  5. JUSTIFICATIVA

    A população idosa tem crescido no País fruto do aumento da expectativa de vida do brasileiro. Essa realidade assume relevantes proporções, no entanto percebe-se que o cenário nacional não evidencia estar preparado para abarcar o fator e o tratamento necessário para com essa fatia da população no que concerne a socialização destes, ainda que alguns tenham se levantado com ações que viabilizam uma melhor qualidade de vida para estes.

    A música é um instrumento facilitador, uma ferramenta incomparável, um veículo poderoso para o ensino, o crescimento espiritual e o favorecimento das relações interpessoais.
      GÓES (2009) diz que:

A presença da música na vida dos seres humanos é incontestável. Ela tem acompanhado a história da humanidade ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Está presente em todas as regiões do globo, em todas as culturas, em todas as épocas, ou seja, a música é uma linguagem universal, que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço.


    A música faz parte do contexto de sociedade desde antes os primórdios e, por estar ao alcance de todos e ser de fácil acesso, é possível utilizá-la como ferramenta ativa nos processos de reinserção social e familiar do idoso.
    Aristóteles entendeu o seu valor quando em sua obra “A Política”, afirmou que a música deveria fazer parte da infância da criança para contribuir na formação do caráter destas. Para o filósofo a música tem poder sobre a formação do caráter do indivíduo (SANTOS, ?) e, se o tem sobre a formação, pensa-se tê-lo também sobre a manutenção deste.
    A partir dessas afirmativas, com o intuito de direcionar a relação dos integrantes do grupo Melhor Idade Betel (usuários e facilitadores), nasceu este projeto que visa analisar a importância da música no trabalho com o idoso e a necessidade de se ter pessoas capacitadas frente a estas ações. Visa ainda mensurar o valor didático e terapêutico desta, e a influência que exerce no lado psicológico, social e espiritual do ser frente a fatores transformadores decorrentes da terceira idade.
    Sobre estes fatores, Zimerman (2000) vai dizer que:

Aceitar as transformações que ocorrem tanto nos aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais na terceira idade é uma das formas de encarar os problemas decorrentes desta fase da vida, de forma a minimizá-los por meio da música, da atividade física, participação na comunidade, passeios, entre outros. Grifo nosso.



    Para tanto, escolheu-se andar por este caminho por entender que a música é fonte de vida, bem como ferramenta de vital valor na vida do ser humano, principalmente na vida dos idosos quando compreendida e bem utilizada, pois não tem um fim em si mesmo.




  6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA



      A música, mais do que qualquer outra arte, exerce forte influência sobre o ser humano, “é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia” (GÓES, 2009), tem poder didático e por isso facilita a aprendizagem.
    Através dela, face a sua linguagem universal, podemos forjar as relações interpessoais, a cortesia, a amizade, o respeito e o carinho. No campo cultural, traduz o conjunto de costumes, tradições, religião, história, herança e ideias de um povo, abrangendo usos, costumes e a própria ideologia de uma época (BIANCHINI,?).
    Ao logo de toda história da humanidade a música faz parte do contexto de sociedade e está presente na vida do homem em cada cultura, mas é entre os gregos que ela se estabelece no ocidente. Não é de origem grega, eles apenas sistematizam-na.
     Os gregos tinham um lema: todo cidadão homem tinha que aprender música até os 33 anos de idade (à mulher incluía-se a dança). Para eles, música e dança eram matérias didaticamente obrigatórias.
    Isabel Coimbra (2003) em seu livro “Louvai a Deus com Danças”, com referência ao fato diz:

Os gregos deram especial importância à dança desde os primórdios de sua civilização. A dança na Grécia aparece em mitos, nas lendas, na literatura (...) e também, como a música, era para estes, matéria obrigatória na formação do cidadão.



Para os gregos a música é de origem divina e conduz o caráter do homem para o bem ou o mal. Roma, por sua vez, influenciada pela cultura grega, vincula a música à sua filosofia.
    Para os Romanos, a música é apenas jogo de sons para os prazeres mundanos. Para os judeus ela é litúrgica, de caráter religioso. É entre estes que se pode encontrar a raiz da música sacra e “sob essa influência hebraica greco-romana surge o Cristianismo.” (WANDERLEY, 1977).
    Estes fatos são históricos e versou-se neste, apenas para se vislumbrar, ainda que superficialmente, um breve histórico da história da música.


    6.1   O IDOSO NO BRASIL




        Um provérbio africano diz: “Quando morre um africano idoso, é como que se queimasse uma biblioteca”.  Para o povo africano o idoso tem valor inestimável para a sociedade (NUNES, 2003).
        No Brasil, quando se fala em idoso, imediatamente se pensa em fim de vida, trabalho, peso, despesa extra, necessidade “urgente” de abrigo para velhos.
        Na nossa atual conjuntura, estudos indicam que há um aumento na expectativa de vida da população fruto do baixo índice de mortalidade, da ascensão profissional da mulher, dos atuais métodos contraceptivos e do controle da natalidade rigorosamente vivenciada pelas mulheres brasileiras. Estes mostram que o Brasil, na atualidade, é o quinto país do mundo em número populacional, ficando atrás somente da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia (FREITAS, 2011).
        Pensa-se que com o novo conceito de família fruto da união homoafetiva, assim como os novos arranjos familiares (monoparental, recasamentos, por associação, etc.) essa tendência tenda a aumentar.
        Essa realidade assume relevantes proporções, no entanto, percebe-se que o cenário nacional não evidencia estar preparado para abarcar o fator envelhecimento e o tratamento necessário para com essa fatia da população.
        Ainda que alguns tenham se levantado com ações que viabilizem uma melhor qualidade de vida para a população idosa e façam valer as garantias de direitos asseguradas a estes em nossa Constituição Federal de 1988 (CF/88), o fato é: são necessárias ações que vá além do que estabelece o Estatuto do Idoso e os direitos desses arrolados na CF/88.
     Avalia-se sejam necessárias ações educativas sobre a questão do envelhecimento, por parte do Estado. Ações estas que aumentem a responsabilidade da família e da sociedade para com o idoso no que se refere a repartir tarefas, até então atribuídas somente à família, nas funções protetoras ao idoso (NETTO, 1997 in: PORTO e KOLLER, 2008).
      Entende-se devam ser promovidas ações que objetivem a integração destes no meio em que vivem. Ações que lhes promova dignidade e bem estar como lhes são assegurados no Art. 230 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, bem como para a independência física e mental através de práticas que propiciem a minimização dos problemas de aspectos físicos, psíquicos e sociais decorrentes dessa fase da vida. (ZIMERMAN, 2000).
        PORTO e KOLLER (2008) vão dizer que:

Políticas públicas e investimento social podem oferecer condições para promoção da saúde e bem-estar físico e psicológico, tanto para os idosos, como para as pessoas que com eles convivem.
        O problema é que se tem enfatizado e estereotipado a jovialidade em detrimento da sabedoria ao mesmo tempo em que paradoxalmente estudos indicam o aumento sobremaneiro da expectativa de vida do povo brasileiro. Tais ações configuram o problema como sendo sociocultural, e é sem sobra de dúvida um preconceito para com o idoso, o que França (2010) se reporta dizendo que:



Questões sociais e culturais como estas, na maioria das vezes nem percebida pela família e pelo próprio idoso, silenciosamente afetam, entre outros fatores, sua identidade, sua autoestima, sua autoconfiança e sua autonomia, o que pode gerar dependência excessiva, depressão e outras complicações na saúde física e mental do idoso.

    Quantas vezes não ouvimos, presenciamos ou em alguns casos já até proferimos: “ele(a) está caducando”, frase preconceituosa que expressa utilitarismo na pessoa humana uma vez que conota a utilidade destes em alguma coisa até antes de a velhice chegar.
        Concorda-se e espera-se que a obrigação legal determinada pela Lei 8.842/94 da Política Nacional do Idoso que rege em seu Art. 1° sobre os direitos sociais assegurados e a criação de condições para promover a autonomia, integração e participação efetiva do idoso na sociedade, bem como o que dispõe o Inciso II do Art. 3° que rege: “o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos”, possam ser manifestos como permeia Doll (2006): na inclusão de disciplinas de Geriatria e Gerontologia nos currículos de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação em saúde como, inclusive e principalmente, no curso de Serviço Social e Música desde a graduação, da mesma maneira que já vem sendo oferecidos “na psicologia, medicina, enfermagem e outros”. (DOLL, 2006 in: PORTO e KOLLER, 2008).
    Entende-se que dessa maneira serão disponibilizadas maiores ferramentas para o profissional do Serviço Social responsável pela elaboração, coordenação, execução, implementação e avaliação de Políticas Públicas que favoreçam e garantam direitos a todos os que, de alguma maneira, estão à margem da sociedade. Nesse caso, o idoso.




    6.2   A MÚSICA COM FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO NOVO VELHO




        A música “é entendida por todos e é capaz de expressar sentimentos e pensamentos que não podem ser expressos totalmente por meras palavras.” (ICHTER, 1979).
        Como ferramenta no trabalho com o idoso em vulnerabilidade social, acometido ou não pelo preconceito por parte da família e da sociedade, a música potencializa o resgate e a manutenção da qualidade de vida destes, pois lhes permite como diz França (2010): “entrar em contato com suas emoções através de algo tão comum na sua vida e tão intensamente profundo”.
       A música comunica valores e é capaz de produzir sentimentos (alegria, tristeza, medo, angústia, etc.) que nenhuma outra arte é capaz de produzir. O seu efeito pode promover reações diversas e expressas através do corpo (rir, chorar, gritar, ficar eufórico ou relaxar, e até mesmo dormir).
        A música tem poder de remeter o indivíduo a uma viajem no tempo e a situações vividas. Exemplo disso é a lembrança que se tem ao ouvir uma canção a qual tenha marcado algum momento da vida, tais como o primeiro romance, a perda de alguém, um encontro, uma situação.
       Percebe-se que a música está inserida até mesmo em tratamentos de doenças até então tidas como incuráveis, como o caso de demência de idosos portadores das doenças de Parkinson e Alzheimer.
      Quanto ao tratamento para com pacientes portadores de tais enfermidades, o neurologista Oliver Sacks descreve em seu livro “Alucinações Musicais” a importância do tratamento músico-terapêutico.
       Sacks afirma que:

A musicoterapia com esses pacientes é possível porque a percepção, a sensibilidade, a emoção e a memória para a música podem sobreviver até muito tempo depois de todas as outras formas de memória terem desaparecido. (PASSARINI, 2010 in: FRANÇA, 2010).



        Jourdain (1998) se reportando ao trabalho do médico, em se tratando do mal de Parkinson diz que a música repõe momentaneamente no lugar os espatifados sistemas motores dos pacientes lesionados. E acrescenta:

Obviamente, a música não conserta os neurônios defeituosos que causam a doença. Em vez disso, ela vence os sintomas da Parkinson ao transportar o cérebro para um nível de integração acima do normal. (...) A música estimula e coordena as atividades do cérebro, colocando suas antecipações na marcha correta.



        Para Jourdain (1998), dizer que a música torna nossas mentes momentaneamente mais capazes “corresponde a dizer que ela nos torna mais inteligente”. Exemplo disso, segundo ele, são os trabalhos desenvolvidos por Sacks em que os pacientes que acabaram de ouvir Mozart se saem melhor em alguns tipos de testes de raciocínio, ao contrário dos que não ouviram música alguma, ou ouviram música popular simples.
      Se a música é capaz de transcender os limites da demência do Parkinson, vislumbra-se quão poderoso efeito não possa fazer no resgate da autoestima perdida e na reinserção social do idoso junto à família e à sociedade.
        Jourdain (1998) ainda enfatiza que a “mágica” que a música faz com os pacientes de Parkinson não é diferente da que faz com todos nós independente de estarmos enfermos ou não. Para ele, a música “nos tira de nossos hábitos mentais congelados e faz nossas mentes se movimentarem como habitualmente não são capazes”.
        E acrescenta:
Quando somos envolvidos por música bem escrita, temos entendimentos que superam os da nossa existência mundana e, em geral, estão além da lembrança. (...) Quando o som para, voltamos para nossas cadeias de rodas mentais. (JOURDAIN, 1998 p. 383.)



        Com o trabalho de socialização com o idoso, a relação da música dá-se exclusivamente pelo fato de ela, no trabalho com grupos, funcionar como ferramenta, pois auxilia a transmissão e consolidação da mensagem e dos objetivos traçados e almejados.
      A música toma conta de nós, abala nosso ser, fala profundamente, de forma que nem mesmo as palavras são capazes de fazer (JURDAIN, 1998). Por meio dela as capacidades de socialização e interação são amadurecidas (BRASIL, 1998 in: GÓES, 2009).
     Considera-se que a música toma conta de nós e nos afeta profundamente e como Jourdain (1998), entende-se que esta “organiza o cérebro de uma forma que a experiência comum, caótica, não pode fazer”.
     Sendo assim, acredita-se que o trabalho musical com idosos deva primar pela cautela de ter um profissional para fazê-lo.
    Entende-se que o trabalho deva ser desenvolvido a longo prazo, porém, acredita-se, de efeitos ha curto prazo quando se faz jus ao ditado popular que diz que: “para cada estímulo uma resposta”.
    Constata-se assim, que o trabalho deva alcançar uma amplitude de ações bem mais significativas que o que se vem sendo trabalhado “musicalmente” com idosos institucionalizados ou em alguns espaços de socialização e de trabalhos sócio-ocupacionais para se vislumbrar efeitos duradouros. Ações estas coordenadas e desenvolvidas a partir de estudos de caso e com atividades direcionadas que compreenda o arcabouço de propostas abrangentes às áreas de coordenação motora e de saúde física e mental, que possibilite estimular os sentidos (audição e tato), os mecanismos cognitivos (memória, raciocínio, criatividade e percepção) e os movimentos físico motores.
      Tais ações serão bem aplicadas, entende-se, se forem desenvolvidos trabalhos que envolvam dança, canto e quaisquer outra forma de emissão de sons (tocar, bater palmas, etc.) como no trabalho do Dr. Sacks e o estudado por Jourdain (1998).


  7. METODOLOGIA



    A metodologia escolhida para o desenvolvimento desta pesquisa dar-se-á a partir dos processos de pesquisa exploratória no campo Betelife, tendo como amostra os integrantes do Programa Melhor Idade. Entende-se que este processo seja o mais adequado frente a tornar mais explícito o problema uma vez que proporciona maior familiaridade e assumi forma de estudo de caso (SEIXAS, 2012 p. 536).
    Para tanto se utilizará como ferramenta, entrevista focalizada para composição de dados por entender que esta nos possibilite maior liberdade para improvisação de perguntas caso seja necessário aprofundamento em algum aspecto (SEIXAS, 2012 p.540) e paralelos a estas, o levantamento bibliográfico, organizado por relevância de autor com conhecimento e experiência na área do tema, o que nos possibilitará um aprofundamento teórico na busca de solução do problema previamente definido, ao mesmo tempo em que se formará as bases para o referencial teórico e conclusão.





  8. CRONOGRAMA




ETAPAS DA PESQUISA               |Ações                 |Meses                                                     
                                                                                        |Jan           |Fev      |Mar      |Abr     |Mai   |Jun
Definição do Tema                                                                                                    |X            
Coleta de Materiais / Levantamento da Bibliografia                                             |X          
Inicial                                      
Elaboração Inicial do Projeto / Instrumentos de                                                     |X   
Pesquisa                                      
Levantamento dos Dados                                                                                         |X         
Análise dos Dados                                                                                                               |X       
Redação final do trabalho                                                                                                    |X        
Apresentação dos Resultados                                                                                            |X     
Entrega do Relatório                                                                                                            |X     





BIBLIOGRAFIA



BIANCHINI, M. Giovani. O Poder da Música. (s.n.t.). Disponível em: . Acessado em: 5 Abr. de 2010.
FREITAS, Eduardo de. Natalidade no Brasil. (s.n.t.). Disponível em: . Acesso em 22 Abr. de 2012.
GÓES, Raquel Santos. A Música e suas Possibilidades no Desenvolvimento da Criança e do Aprimoramento do Código Linguístico. Revista do Centro de Educação a Distância – CEAD/UDESC, Vol. 2, n° 1, 2009. Disponível em: . Acesso em 21 Abr. 2012.
ICHTER, Bill H. A Música e seu uso nas Igrejas. Rio de Janeiro, RJ: JUERP, 1977.
JOURDAIN, Robert. Música, Cérebro e Êxtase: Como a Música Captura nossa Imaginação. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.
MIRANDA, Maria Luiza de Jesus e GODELI, Maria Regina C. Souza. Avaliação de Idosos sobre O Papel e a Influência da Música na Atividade Física. (s.n.t.). Disponível em: . Acesso em 19 Abr. de 2012.
NOGUEIRA, Flávia B. Atividades Musicais com Idosos. (s.n.t.). Disponível em: . Acesso em 23 Abr. de 2012.
___________________. Musicoterapia e Envelhecimento. (s.n.t.). Disponível em: . Acesso em 23 Abr. de 2012.
NUNES, Toninho (Pe.) – PIME. Evangelização – Inculturação: O Idoso na Cultura Africana. Artigo do Jornal Missão Jovem na Campanha da Fraternidade 2003. Disponível em: . Acesso em 22 Abr. de 2012.
PASSARINI, Luisiana B. França. A musicoterapia e o Idoso. Possibilidades de Prevenção e Tratamento Músico-terapêutico. (s.n.t.). Disponível em: . Acesso em 22 Abr. de 2012.
PORTO, Ivalina e KOLLER, H. Violência contra Idosos Institucionalizados. Psic.: Revista da Vetor Editora. Vol. 9, n° 1, São Paulo – SP. Jun 2008. Disponível em: . Acesso em 23 Abr. de 2012.
PRESIDÊNCIA da República – Casa Civil. LEI N° 8.842/94. Disponível em: . Acesso em 20 Abr. de 2012.
SANTOS, Liones. A Virtude Segundo o Filósofo Aristóteles. (s.n.t.).Disponível em: . Acesso em 21 Abr. de 2012.
 SANTOS, Maria Aparecida Cardoso dos. ENTREVISTA. In Entidade Beneficente Betel. Feira de Santana, BA. 29 de Mar. 2012.
SEIXAS, Maria Luiza Coutinho. Delineamento da Pesquisa – Parte 2: Elaboração do Projeto de Pesquisa. Módulo de Educação a Distância. Serviço Social 2° Semestre. EaD UNIFACS, Salvador/BA, 2012. p 533 - 545
WANDERLEY, Ruy Carlos Bizarro. História da Música Sacra. 2ª ed. São Paulo: Redijo, 1977.
ZIMERMAN (2000) in: VALENTINI, Maria Tereza Pacco e RIBAS, Klevi Mari Fanfa. Terceira Idade: Tempo para Semear, Cultivar e Colher. Revista Alecta, V. 4 n° 1. Guarapuava, PR, 2003. Disponível em:. Acesso em 20 Abr. de 2012.


APÊNDICES




APÊNDICE A - PESQUISA DE CAMPO




      ASPECTOS GERAIS



        • História da Instituição (Data de fundação e Projetos elaborados e/ou em executados);
        • Tipo de Gestão da Instituição;
        • Qual o número de idosos cadastrados no Programa;
        • A Entidade vai a campo buscar seu público alvo?



      ASPECTOS ESPECÍFICOS



        • Há critérios para uma pessoa ser cadastrada no Programa?
        • Há critérios para uma pessoa mediar o Programa?
        • Como funciona as ações musicadas no Programa Melhor Idade?
        • Quais os tipos de atividades musicais desenvolvidas?
        • Há um projeto especifico dentro da área? Se sim, quem o elaborou?
        • Quem media as ações musicadas?
        • As pesoas que estão à frente dos trabalhos têm talentos e capacitação musical para fazê-lo?
        • A Instituição conhece as funções e capacitações de um estudante de Música?
      • Tanto os participantes em geral, como aqueles que mediam a direção dos trabalhos entendem realmente o verdadeiro significado e valor da música como ferramenta de solcialização?
     • O gestor e o mediador das atividades entendem e/ou tem conhecimento do valor da música como terapia no processo de reabilitação da autoestima da pessoa idosa e do estabelecimento de uma melhor qualidade de vida a partir do efeito que a mesma produz nas áreas físicas, psíquicas e espirituais do ser?
      • O gestor da Instituição e o gestor do Programa tem bom relacionamento. Sentam para programações?
       • Existem metas e uma metodologia planejada para o desenvolvimento dos processos?
       • Existe um plano de atividades estruturado para cada encontro?
      • Qual a metodologia usada para aplicação de atividades que visem o desenvolvimento físico, auditivo, visual, cognitivo e motor dos idosos?
        • As atividades são aplicadas de forma gradual, a partir de um roteiro fixo ou não fixo?
        • Qual a metodologia usada para aplicação de atividades que promovam a socialização, o lazer, o raciocínio, a percepção, a coordenação, a concentração e a capacidade criativa dos idosos?
       • Há um cronograma das estratégias de ação utilizadas em cada encontro?
        • Se sim, no cronograma são mensurados a atividade e sua área de atuação/efeito?
        • Há planejamento para a duração do desenvolvimento das atividades?
     • Qual o tempo disponibilizado para a realização das ações e em quantos dias na semana?
       • Ao final de cada encontro, a nível avaliativo, há planejamento para mensurar avanço (e/ou não) na aplicabilidade das atividades?
     • Fazem uso de relatório de acompanhamento individual e coletivo para análise e acompanhamento dos avanços e possíveis necessidade de adaptações e/ou mudanças?
         • Há ficha de acompanhamento individual para cada integrante do grupo com o objetivo de avaliar o rendimento individual e coletivo dos mesmos em cada encontro/atividade?
        • Em havendo a ficha de acompanhamento, é mensurada a evolução a cada encontro na mesma?
       • O programa musical atual é o melhor para o Projeto?
        • Há um projeto de intervenção elaborado para o Programa?
        • Os integrantes do Programa sentem entusiasmo em participarar das atividades com música?
        • O mediador tem bom relacionamento com os integrantes do Programa?
        • Se fosse retirado as atividades musicais do Programa as pessoas sentiriam falta?
    • Acontecem reuniões periódicas para acompanhamento e analise da condução do projeto?
        • Quais os recursos físicos, humanos e financeiros disponibilizados para o Programa?
        • Há reuniões para programação musical com o grupo?
    • A Instituição organiza atividades comunitárias para que o grupo apresente suas atividades?
       • A Instituição promove atividades especiais em datas comemorativas com a participação dos idosos na comunidade em encontros, aniversários, festas de época, etc.?
        • A Instituição tem instrumentistas e instrumentos musicais? Quais?
        • Os equipamentos usados estão em bom funcionamento para uso?
        • A Instituição possui recursos audiovisuais para facilitação dos encontros (retroprojetor, datashow, etc.)?
        • Os mediadores do Programa já participaram de algum treinamento na área?
        • Já houve algum tipo de treinamento interno?
        • Existe interesse e disponibilidade por parte das pessoas e da Instiuição para serem treinadas?

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